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17/01/2017

Doença e processos de cura



"As vezes, atraves de uma doença manifesta-se algo que o doente não quer reconhecer, por exemplo: uma pessoa, uma culpa, um limite, seu corpo, sua alma, uma tarefa e um caminho que deve seguir. A doença obriga a uma mudança. Por isto, o terapeuta alia-se ao motivo e ao objetivo da doença, por exemplo, com a pessoa excluida, com a culpa refutada, com o corpo desprezado, com a alma abandonada, com a misericordia e a chance que se revelam na doença. Quando isto é colocado em ordem, o doente pode viver melhor. E ele também pode morrer melhor, quando chega a hora.

Em doentes como câncer, trata-se frequentemente de que se exponham a gravidade da situação. A gravidade é, naturalmente, de que se trata de uma doença mortal e que se tem que encarar a morte. Frequentemente, os doentes desejam que o câncer seja vencido. Mas isto não se pode, isto é ilusório. Na maioria das vezes, as doenças são vistas como algo mau, do qual queremos nos livrar. Mas, ao mesmo tempo, doenças também são processos de cura, principalmente para a alma. Não se pode simplesmente colocá-las de lado. Pode-se ver frequentemente que, quando se admite que uma doença possa servir a uma causa, talvez mais elevada, então ela pode retirar-se. Ela cumpriu o seu dever. Mas deve ficar presnte, não pode ser jogada fora. Então, as vezes, ela se retira."  

Bert Hellinger

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