( Outono em Argenteuil - Monet)
"O certo é algo próximo que é, ao mesmo tempo,
necessário e possível sem despender muito esforço.
Permanece em harmonia
com o ambiente e dele retira sua
compreensão e sua força. Por isso, permanece modesto, não oprime; é
benfazejo mesmo quando de repente, intervém incisivamente pois, após a
ação, silenciosamente ele se retrai de novo.
Apesar de estar totalmente
direcionado ao que lhe está próximo, atua para muito além disso, assim
como a raiz nutre os galhos mais afastados do tronco de uma árvore,
apesar de nunca chegar a vê-los. Por isso também nós quando fazemos o
que nos compete no âmbito mais próximo, não precisamos nos preocupar com
o distante.
Quando ao contrário, preocupamo-nos com o distante e,
com a nossa preocupação, achamos que podemos forçá-lo a tomar um rumo,
enfraquecemos.
O certo , acontece no momento certo, no local certo e
portanto, no ponto exato onde a ação torna-se possível.
O distante
dificilmente pode ser alcançado pela ação, considerando tanto o local
quanto o momento. Ao mesmo tempo, ao nos preocuparmos com o distante, o
possível próximo escapa e, com ele, aquilo que conta."
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