Olá a todo(a)s que estudam e se interessam pelas obras voltadas às Constelações Familiares e seus campos de atuação!
Ontem durante o grupo de estudos online fiz a leitura de um trecho de um livro de Bert Hellinger que traz de maneira muito pontual a postura fenomenológica do facilitador e a questão de uma consciência maior, a consciência espiritual ou "Grande Alma".
Compartilho aqui alguns trechos, com tradução livre minha do inglês:
"Uma coisa que se observou nas Constelações familiares, foi que há pouca intervenção do terapeuta. Os movimentos importantes começam por si próprios. Isto demonstra uma forma em que esta abordagem é diferente de muitas abordagens tradicionais de terapia. Na maioria das terapias tradicionais, o terapeuta tem algo em mente, talvez uma hipótese do que poderia trazer uma solução e depois tenta alcançá-la através de intervenções terapêuticas. Aqui, acontece exatamente o contrário, o cliente estabelece sua configuração familiar (constelação familiar) e o terapeuta apenas se afasta e abre espaço para que surjam movimentos mais profundos da alma. Nesta abordagem, o terapeuta não tem uma imagem clara em mente para perseguir, nem um objetivo claro a atingir. Existem movimentos de cura na alma, se os deixarmos vir à superfície"
Bert Hellinger,2003, pag. 36
"Para além da consciência individual e da família, há uma força mais profunda em ação, a qual chamarei aqui de “Grande Alma”, seja lá qual for o seu significado. O que observámos aqui foi um movimento da alma maior, que vai para além da consciência familiar ou da consciência individual, tentando restaurar a unidade a um nível muito mais profundo. Se os terapeutas trabalham com as pessoas individualmente, por vezes trabalham com as questões individuais nas bases da consciência individual. Se isso não trouxer resultados, o trabalho pode ser ampliado à família, ao nível da consciência familiar. Se isso não for suficiente, o trabalho passa para o nível da alma maior. Para isso, o terapeuta deve estar em sintonia com o indivíduo, com a família, incluindo os membros da família que foram excluídos, e com esta “Alma Maior”. Ao estar em harmonia, o terapeuta ganha força para lidar com as questões difíceis. Trata-se de um desenvolvimento pessoal muito profundo, que não pode ser conseguido por meio da utilização de métodos ou técnicas específicas. Este movimento só pode ser alcançado quando os níveis mais profundos da alma têm a oportunidade de nos mover. Este movimento conduz sempre à reconciliação e à paz"
Bert Hellinger,2003, pag. 39
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