"Por trás da luta contra a morte atua a ideia de que a
vida é o que há de mais elevado.
Mas de onde vem a vida?
Aquilo de onde ela vem deve ser maior do que ela. A vida
pertence a algo maior, de onde ela vem.
A esse algo maior damos um nome simples.
Podemos denomina-lo: SER.
É o que fundamenta tudo
o que é, o que permanece.
Por trás de toda impermanência existe um Ser que permanece,
onde voltam a cair os que morrem.
O Ser é maior do que a vida e a morte.
Quando uma pessoa recai nesse Ser, não importa que ela tenha
dois meses ou oitenta anos.
No Ser, tudo é igual.
Por isso é muito superficial pensar que quem viveu mais
tempo ganho e quem morreu cedo perdeu.
Isso não faz justiça a grandeza do que atua em tudo.
Quem tem essa imagem pode lidar com a vida e a morte mais
serenamente.
E todos podem lidar com isso mais serenamente: os doentes
os terapeutas, os familiares.
A vida é uma dadiva.
Mas não é algo que possamos segurar ou levar conosco, longe
disso.
Não podemos segura-la nem levá-la conosco.
No final, permanece o puro Ser."
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