Vídeo no qual o consultor sistêmico Anton de Kroon fala da importância de sabermos qual o nosso lugar. Nosso lugar na família. Nosso lugar na profissão.
Vídeo em Inglês. Tradução do Inglês para o português por René Schubert.
"Talvez, eu não saiba qual o meu lugar?
Como é descobrir isto, que talvez, eu não saiba qual o meu
lugar?
Quando eu não sei o meu lugar, eu não sei o que fazer!
Exatamente.
Como Coach Sistêmico eu vislumbro o que há atrás da pessoa
que está colocando a questão, para ver qual é a vida desta pessoa, seu sistema,
de onde veio, ao que pertence, o que faz...o que cria, isto que traz
problemas no aqui e agora. Darei um exemplo:
Uma moça esta buscando ser efetivada em um emprego. Algo
para o qual não tem tido muito sucesso. Ela só conseguiu trabalhar como
autônoma, mas ela está cheia disto. “O que eu devo fazer para ser efetivada em
um emprego, ter um emprego permanente?”.
Bem, eu não estou explorando, no caso, como é o website
dela, quais os seus contatos, se o seu currículo está atualizado ou coisas do
tipo. Não. Este é o método usual utilizado. Meu método no caso é questionar, qual
é seu desejo mais profundo para ter esta efetivação em um emprego permanente?
Ela então diz: Bem, ai ao final eu pertencerei a algo. Então
percebe-se que tratava-se de um desejo profundo dela de pertencer (Pertencimento).
Então eu pensei: Talvez, onde mais ela não tinha seu pertencimento reconhecido?
E ai tive esta estranha ideia de perguntar a ela: Por acaso você cresceu em um
orfanato?
Ela então olhou para mim: “pergunta estranha, pergunta
estupida”. E eu disse: “Ok, deixe então, deixe estar”. Veremos então, o que
podemos fazer. E já que não sabia o que fazer, mantive o silencio. Então ela
disse: “Meu pai cresceu em um orfanato”.
E isto de alguma forma atingi-a e a mim. E ela perguntou: “Bem,
e o que eu tenho que fazer, com o fato de meu pai ter crescido em um orfanato?”
Eu lhe respondi: “Bem, crescer em um orfanato, então você
não pertence a algum lugar...onde está a sua família? Você está por conta própria
sem muitas conexões...rede de contatos. E então, eu disse que por vezes
acontece, que pequenas crianças, inconscientemente, fazem uma promessa em seu coração,
por amor aos seus pais: Querido papai, eu não terei uma vida melhor do que aquela
que você teve, assim, se você não pertenceu, eu também não pertencerei.”
Desta maneira, se você tem tal promessa solida e tal
comprometimento interno, você não encontrará um emprego permanente, onde você
então pertenceria.
Então expliquei a ela, você poderia diferenciar-se, e dizer
ao teu pai: “Pai, eu amo você, mesmo que eu encontre um trabalho permanente. Eu
então pertencerei a uma empresa, algo que eu realmente quero para mim. E ainda
assim, eu amo você”
E para a pequena criança que havia feito tal promessa,
pareceria que tal seria uma traição ao pai. As pessoas querem permanecer fieis
(presas) à tal promessa. Então isto é o que quero dizer quando digo que olho
para atrás da pessoa. O que ela traz consigo. Para o que em seu sistema
familiar, poderia vir a causar o que ela sabe ou traz para cá, para o aqui e
agora."
Anton de Kroon – do Instituto Bert Hellinger Holandês
Fonte: Kongruens – Center for Systemisk opstilling – www.kongruens.dk
Nenhum comentário:
Postar um comentário