"O outro sou eu. Ele é o outro para mim apenas enquanto não o percebo e
reconheço como parte minha, pois, em princípio, nada no mundo pode
estar fora de mim. Tudo me afeta de alguma maneira e, mesmo à distância,
me influencia. Inversamente, também eu, pelo meu ser, pertenço ao
outro, à plenitude de sua existência.
Enquanto o outro permanecer estranho para mim e eu o mantiver à
distância, desconfiar dele, temê-lo ou quiser distanciar-me dele,
permanecerei menos, menor, estreito, fechado, mais pobre.
A aceitação do outro é a aceitação da plenitude. Ela me pressiona no
sentido da abertura, do que é maior, de outro amor, da amplidão, da
modéstia, de um aprendizado sempre renovado. Ela une. Nela eu me
encontro com minha plenitude, com a felicidade plena, com a entrega que
me sustenta e na qual sou acolhido. Apenas nela sou totalmente humano."
Bert Hellinger
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