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07/09/2015

Poder





"Sempre que existem lutas pelo poder não se olha para os mais fracos. Na política, onde existem lutas pelo poder, algumas vezes, o bem-estar de um povo inteiro é destruído. É sacrificado à luta pelo poder. Quando num casamento entre homem e mulher está em jogo o poder, as crianças são sacrificadas sem escrúpulos à luta pelo poder. Por exemplo, nos processos de divórcio.

A vitória numa luta pelo poder está ligada a uma sensação de triunfo: agora lhe dei uma. Onde quer que exista esse triunfo, algo foi destruído. O homem que triunfa sobre a mulher perdeu a mulher. A mulher que triunfa sobre o marido perdeu o marido. A mãe que triunfa sobre o marido perdeu a criança. A criança que triunfa sobre os pais perde os pais. Esse é o caminho soberbo e arrogante.

O contrário é o caminho humilde que vê o outro e o reconhece. Ele renuncia ao triunfo e ao exercício do poder, mas tem um grande efeito. Aqui as forças que curam e promovem a paz podem agir. Uma outra força assume aqui a liderança. Pois, bem no fundo da alma, atua uma força que dirige todo o sistema para a reconciliação, para o respeito e reconhecimento mútuos - e, na realidade, por si mesma, se confiamos nela e nos recolhemos. Denomino isso de procedimento fenomenológico. Isto é, ganho compreensão através da renúncia do querer saber. E ganho força e influência através da renúncia ao poder." 


Bert Hellinger

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