"O
pensamento sistêmico inclui o conhecimento de que o aluno e os professores
estão conectados a suas famílias de origem (e às ideias e regras desse
sistema). Ser parte do sistema escola significa que a escola também faz parte
de todos os sistemas familiares que estão conectados a ela ou, usando imagens,
que as famílias de origem de todos os alunos e
professores representam subsistemas de uma escola.
Dessa forma, as famílias atuam na escola e a escola nas famílias (..).
Assim, não podemos distinguir completamente onde o "sistema família" termina e o "sistema escola" começa.
Segundo nossa noção tradicional, que nos deixa acreditar que podemos perceber o mundo do modo como ele é, consideramos família e escola como duas unidades claramente delineadas, cada uma com suas próprias regras, necessidades e tarefas. Hoje, contudo, sabemos que nenhum sistema pode ser mantido completamente independente de outro sistema e que a escola também não pode ser mantida afastada de tais fatores como televisão ou a cultura jovem existente.
Nossos alunos são os arquitetos de nosso campo e de seu mundo futuro. Assim sendo – mais do que qualquer outro campo de consciência – a escola está criando a matriz do futuro que se está formando."
Dessa forma, as famílias atuam na escola e a escola nas famílias (..).
Assim, não podemos distinguir completamente onde o "sistema família" termina e o "sistema escola" começa.
Segundo nossa noção tradicional, que nos deixa acreditar que podemos perceber o mundo do modo como ele é, consideramos família e escola como duas unidades claramente delineadas, cada uma com suas próprias regras, necessidades e tarefas. Hoje, contudo, sabemos que nenhum sistema pode ser mantido completamente independente de outro sistema e que a escola também não pode ser mantida afastada de tais fatores como televisão ou a cultura jovem existente.
Nossos alunos são os arquitetos de nosso campo e de seu mundo futuro. Assim sendo – mais do que qualquer outro campo de consciência – a escola está criando a matriz do futuro que se está formando."
Marianne
Franke-Gricksch
O
que é Pedagogia Sistêmica?
A
Pedagogia Sistêmica teve sua origem a partir dos trabalhos do filósofo e
professor alemão Bert Hellinger. Missionário católico na África do Sul, durante
quase 20 anos, Hellinger lecionou em escolas para os zulus, durante o regime do
apartheid, o que lhe possibilitou uma perspectiva ímpar para identificar
questões de conflito e consciência.
Além
disso, seu desenvolvimento pessoal o levou a estudar e praticar uma vasta gama
de abordagens psicoterapêuticas, como: psicanálise, análise transacional,
hipnoterapia Ericsksoniana, terapia primal, Gestalt, esculturas familiares,
análise de histórias, etc.
Foi
assim que seus trabalhos o levaram a descobrir a natureza da consciência
pessoal e certas leis inconscientes que regem o comportamento humano em grupos
familiares e sociais, as quais denominou “ordens do amor”.
Mais
tarde diversos professores e pedagogos iniciaram a aplicação do método na área
educacional, sendo a contribuição mais relevante feita inicialmente por Mariane
Franke-Gricksh a qual escreveu um livro denominado “Você é um de nós”
(publicado no Brasil pela Editora Atman).
Atualmente,
existe uma grande experiência desse trabalho acumulada em centros da Espanha e
México. No Brasil algumas escolas e institutos estão adotando esta postura e
olhar e aplicando-a na educação e ensino.
Ja
existem alguns cursos no Brasil de formação voltados para educação e pedagogia
sistêmica e inclusive um curso de Pós-Graduação em Educação Sistêmica ministrado
em Cuiabá/MT a partir da parceria com Instituto OCA, faculdade SEDAC e Conexão
Sistêmica.
Essa
metodologia pode ser aplicada independente da Filosofia Educacional do Colégio?
Sim.
Tratando-se de uma abordagem filosófica em primeiro plano, a pedagogia
sistêmica não é na verdade uma metodologia em si. Ela mostra como muitas das
intervenções desenhadas para solucionar problemas na relação
escola-aluno-família falham devido ao desconhecimento das leis inconscientes
que governam o grupo familiar. Mostra ainda como é possível, por meio do
conhecimento dessas leis, atuar de forma simples e marcante, atingindo os
objetivos propostos.
Nesse
sentido, o novo referencial propiciado pela abordagem vai ao encontro da
Filosofia Educacional específica de cada Colégio, aproveitando todas as
formações e conhecimentos anteriores dos educadores e da direção da escola.
Exemplo:
em muitas situações familiares o pai está excluído. Muitas são as razões, mas
não cabe aqui discuti-las. Acontece que Bert Hellinger descobriu que num nível
muito profundo as crianças são totalmente leais aos pais, especialmente, quando
esses são excluídos, desvalorizados e condenados. Isso significa que se, na
escola, também olharmos esse pai como “mau”, “inapropriado”, “ausente”, etc. jamais
teremos o apoio da criança em qualquer intervenção pretendida. Se, ao
contrário, nos colocarmos numa posição de neutralidade, respeitando “na
criança” seu próprio pai e seu destino, então teremos um bom terreno onde
atuar.
Qual
o principal objetivo dessa abordagem?
O
principal objetivo é treinar o corpo docente na visão das “ordens do amor”-
relações e leis inconscientes que regem o comportamento humano em grupos
familiares e sociais - de forma que todo seu trabalho seja permeado pela visão
das relações que perpassam o universo da criança.
Dessa
forma, os educadores (professores, orientadores, coordenadores etc.) terão em
seu campo de visão, a melhor forma de intervir sem ferir as leis sistêmicas,
aumentando assim as chances de sucesso em sua rotina de trabalho.
Quais
os benefícios que posso esperar?
-
Ampliação das possibilidades na comunicação entre os pais, seus filhos e a
relação com a escola;
-
Melhora da relação escola-aluno-família;
-
Potencialização do processo de aprendizagem, tanto por parte dos educadores
quanto dos educandos;
-
Maior equilíbrio e harmonia em sala de aula.
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