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13/07/2011

Ordens da Ajuda



Nesta obra Bert Hellinger descreve as "ordens da ajuda" básicas e suas respectivas "desordens". A clareza e profundidade das descrições aqui apresentadas e os relatos de cursos de treinamento onde Hellinger ilustra a aplicação prática dessas ordens, nos tocam.

Um livro obrigatório para todos aqueles que se interessam pelo tema "ajuda": médicos, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas, advogados, juízes, etc.



Cinco Ordens da ajuda por Bert Hellinger (1925-2019)
  1. Dar apenas o que se tem e tomar o que precisa
  2. Respeitar circunstâncias internas e externas
  3. Ajudante e ajudado se colocam como adultos na relação de ajuda
  4. O ajudado é parte de uma família, o que requer olhar sistêmico, além do individual
  5. Amar e aceitar cada um como é, além de críticas, desejos e julgamentos.



Trecho extraido da obra:



A arte da ajuda


Reconhecer quando a ajuda é possível e adequada e quando se deve recolher desse trabalho é uma arte. Ajudar por simples compaixão, muitos conseguem fazer isso, na verdade, todos nós. Contudo, ajudar de uma forma que esteja em sintonia com os outros e com seu destino e sua alma e que com isso ele possa e deva crescer, isso é arte.


Quando se exige ajuda, via de regra, não se deve ajudar, a não ser que se trate de um acidente grave ou algo semelhante. Quem exige ajuda se comporta como uma criança, e o ajudante precisa nesse momento se comportar como se fosse mãe ou pai. Ambos começam, então, uma assim denominada relação terapêutica de transferência e de contratransferência. E isso está sempre fadado ao fracasso.


Se alguém fizer também uma diferenciação entre o bom e o mau, não conseguirá mais ajudar. Logo que tomamos essa decisão, excluímos alguém. Nós nos posicionamos contra aquele que consideramos mau. Mas a ajuda real para todos somente é possível quando todos têm um lugar em nosso coração, quando reconhecemos que todos têm o mesmo direito de existir e que cada um está emaranhado a seu modo, mesmo se fôssemos descrevê-los talvez como mau, assim como nós também talvez estejamos emaranhados no bom e pensamos que isso seja bom. Entretanto, o resultado nos mostra que aquilo que consideramos bom, na maioria das vezes, não é tão bom.


  • A primeira ordem da ajuda

A primeira ordem da ajuda consiste em dar apenas o que se tem e somente esperar e tomar o que se necessita.

  • A segunda ordem da ajuda

A segunda ordem da ajuda é nos submetermos às circunstâncias e somente interferir e apoiar à medida que elas o permitirem.


O arquétipo da ajuda


O arquétipo da ajuda é a relação entre pais e filhos, principalmente, entre a mãe e o filho. Os pais, os filhos tomam. Na relação entre pais e filhos as expectativas dos filhos e a prontidão dos pais para atendê-las são necessárias e, por isso, estão em ordem.

Entretanto, estão em ordem enquanto os filhos ainda são pequenos. Com o avançar da idade, os pais vão colocando limites aos filhos, com os quais estes podem entrar em atrito e dessa forma, amadurecendo. Justamente porque os pais se retraem e desiludem essas expectativas, ajudam seus filhos a se libertarem dessa dependência e, passo a passo, a agirem por própria responsabilidade. Somente assim os filhos tomam o seu lugar no mundo dos adultos e se transformam de tomadores e doadores.


  • A terceira ordem da ajuda

A terceira ordem da ajuda seria que o ajudante também se colocasse como adulto perante um adulto que procura ajuda. Com isso, ele recusaria as tentativas do cliente de forçá-lo a fazer o papel de seus pais.


  • A quarta ordem da ajuda

O indivíduo é parte de uma família. Somente quando o ajudante o percebe como parte de sua família é que ele percebe de quem o cliente precisa e a quem ele talvez deva algo.

Isso significa que a empatia do ajudante deve ser menos pessoal, mas, sobretudo, sistêmica. Ele não se envolve num relacionamento pessoal com o cliente. Essa é a quarta ordem da ajuda.


  • A quinta ordem da ajuda

A quinta ordem da ajuda é o amor a cada um como ele é, por mais que ele seja diferente de mim. Quem realmente ajuda, não julga.



A ordem


A ordem é equilibrada. Algumas vezes as metas e as circunstâncias mudam e então a ordem muda também. Ela precisa entrar em um novo equilíbrio.E a ajuda ocorre segundo uma ordem.
Faz parte de um todo maior os pais do cliente, sua família, sua origem e seu destino especial, que resulta do sistema a que ele pertence. 


Quando reconheço, coloco isso em ordem, mas servindo, por assim dizer, a partir de uma posição inferior. Na verdade, esta é a posição correta do ajudante. 


Um comentário:

  1. Seguindo esta receita de vida em amor viveremos uma nova ordem uma ordem do amor....

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