"Quem me dirige a palavra, quando ouço interiormente? Quem me fala: aqueles que temo ou aqueles que receio perder ? O que acontece comigo quando os ouço? O que perto, talvez? Que palavras se tornam audíveis quando todos se calam?
Como aprendo esta escuta interior? Quando deixo de ouvir. E como posso conseguir isto? Literalmente. As outras palavras passam simplesmente por mim, como uma brisa que mal percebo Em seguida, começa o silencio. Ele começa quando termina a escuta. Somente então cessa, também, a fala.
No silencio, começo a ouvir interiormente. Ouvir o que? Ainda há alguém falando? Não. Aqui começa outra escuta. Escutar significa estar atento, sem movimento, atento a algo que, talvez, venha ao nosso encontro. Contudo, nada vem.
Nesta atitude de escuta, tudo em nós se abre a algo que esta presente, mas se esquiva a nossa compreensão. Escutamos numa obscuridade Tudo em nós esta na tensão de uma expectativa, sem que algo se mova.
Precisamos então de mais alguma coisa? Ou neste momento já temos tudo? Queremos algo mais? Sim, pois após o recolhimento, começa a ação, em consonância com aquilo que nos centrou desta maneira. Como sabemos o que fazer?
Quando esperamos sabemos, num relance, a palavra ou a frase sem que a ouçamos. De repente, ela esta em nos.Quanto tempo precisamos esperar por ela? Às vezes, bem pouco."
Bert Hellinger
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