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30/03/2015

Liberto



 


“Liberto do gelo são rios e riachos” são as palavras no Fausto, de Goethe, quando o estudioso passeia com seu assistente num sol de primavera. Quando nos sentimos libertos, inspiramos e sentimo-nos pertencentes a tudo, vinculados a tudo, como se fôssemos todos Um. Finalmente o gelo que mantinha nossos relacionamentos congelados, degelou. O fluxo do respeito mutuo e o ir e vir de nosso Amor pode novamente fluir. O que, acima de tudo, desfaz o gelo? O sol e o calor, sua luz mais quente. O que acima de tudo, permite que nossos relacionamentos congelados possam fluir novamente? É o amor mutuo. Sentimos seu livre fluir em cada célula de nosso corpo. Sentimos no brilho de nossos olhos e no abrir dos braços. Sentimos nos passos que caminham para estar juntos. Deixa o passado para trás. O que deixava ou deixa nosso amor congelar-se? É aquela assim chamada Culpa. Outros nos fizeram algo errado e nos o fizemos a alguém. Então irrompeu entre nós o congelamento. De certa forma tal se aplica a nossa relação com Deus, para aquele Deus punitivo, a quem a nossa Culpa pedia expiação, um terrível castigo. Embora os cristãos redimidos pela morte de Jesus na cruz devam verificar: num grau mais elevado o gelo entre eles e aquele deus foi realmente quebrado com esta expiação? Mantém-se ante Ele de forma reverenciada e humilde e batem-se no peito com confissão: “Por minha culpa, por minha máxima culpa”? Não seria necessário outra Páscoa e outro passeio de Páscoa para nos deixar respirar livremente? Não seria preciso o sol e o calor deste para se ter outra imagem de Deus? Que imagem seria esta? A imagem daquele Deus Criador, que diz, em cada momento, "Eis que faço tudo Novo." Como? Com o amor que abraça todos igualmente, todos, inclusive os chamados pecadores. 

O que fizeram os cristãos e com eles muitas outras pessoas, a este Deus, levando-o as profundezas com seus pensamentos de Culpa e Expiação, como se a Culpa não fosse também uma força criadora, que no fim nos empurra e conduz a um outro amor? Sem expiação? Sem a associação expiatória da autodestruição, da destruição de outros e finalmente a destruição da criação? Onde fica aqui o Sol? Onde fica o seu calor gerador de vida? Onde fica aqui aquele poder criador, ante o qual nada pode existir que lhe enfrente, nem culpa, nem expiação? Então é preferível que façamos nosso passeio de Páscoa de forma diferente, libertando nosso coração do gelo, do gelo desta imagem de Deus, que congelou o nosso amor? E Tal Origem Criadora - faz cada sentido indigno, aquele poder, de onde tudo provem, tal como é?

Libertados deste Gelo, nossos corações batem mais forte.

Como?

Com uma nova imagem do Amor de Deus, com um novo Amor para nós mesmos, e para todos os demais, libertos do gelo de qualquer culpa e expiação ."  
Bert Hellinger



Texto traduzido do alemão escrito por Bert Hellinger. Trata-se de uma livre tradução para o alemão feita por René Schubert. Abaixo segue o texto original em alemão:



 Befreit

 

„Vom Eise befreit sind Strom und Bäche“, heißt es in Goethes Faust, als der Gelehrte in der Frühlingssonne mit seinem Gehilfen spazieren geht. Wenn wir uns befreit fühlen, atmen wir auf und fühlen uns zugleich mit allem rings um uns her verbunden und eins. Endlich ist das Eis gebrochen, das unsere Beziehungen einfrieren ließ. Der Strom der gegenseitigen Achtung und das Hin und Her unserer Liebe können erneut fließen.

Was vor allem bricht das Eis? Die Sonne und die Wärme, ihr wärmendes Licht. Was ist es vor allem, das unsere eingefrorenen Beziehungen wieder fließen lässt? Es ist die gegenseitige Liebe. Wir spüren ihr befreites Fließen in jeder Zelle unseres Körpers. Wir spüren sie in unseren leuchtenden Augen und unseren ausgebreiteten Armen. Wir spüren sie in unseren Schritten wieder aufeinander zu. Sie lassen das Vergangene hinter sich. Was ließ und lässt unsere Liebe vor allem einfrieren? Es ist die sogenannte Schuld. Andere haben uns etwas angetan und wir ihnen. Danach brach zwischen uns die Eiszeit an.

In gesteigertem Maße gilt das für unsere Beziehungen zu Gott, zu jenem strafenden Gott, vor dem unsere Schuld Sühne verlangte, eine schreckliche Sühne. Auch wenn sich die Christen durch Jesu Tod am Kreuz erlöst erfahren dürfen: ist nach dieser Sühne das Eis zwischen ihnen und diesem Gott wirklich gebrochen? Bleiben sie vor ihm auch weiterhin demütig gebeugt und schlagen sich an die Brust mit dem Bekenntnis: „Durch meine Schuld, durch meine übergroße Schuld?“ Bräuchte es nicht ein anderes Ostern und einen anderen Osterspaziergang, um uns befreit aufatmen zu lassen? Bräuchte es nicht die Sonne und die Wärme eines anderen Bildes von Gott? Was wäre das für ein Bild? Das Bild jenes Schöpfergottes, der in jedem Augenblick sagt: „Siehe, ich mache alles neu.“ Wie? Mit einer Liebe, die alle gleichermaßen umfasst, alle, auch die sogenannten Sünder. Was haben die Christen und mit ihnen viele andere Menschen diesem Gott nur angetan, dass sie ihn mit ihren Vorstellungen von Schuld und Sühne in ihre Niederungen gezogen haben, als wäre nicht auch die Schuld eine schöpferische Kraft, die uns am Ende zu einer anderen Liebe zwingt und führt? Ohne Sühne? Ohne die mit der Sühne einhergehende Selbstvernichtung und die Vernichtung anderer und letztlich die Vernichtung der Schöpfung? Wo bleibt hier noch die Sonne? Wo bleibt hier ihre Leben zeugende Wärme? Wo bleibt hier jene schöpferische Macht, vor der es nichts geben kann, was ihr entgegensteht, auch keine Schuld und keine Sühne? Also gehen wir lieber anders auf unseren Osterspaziergang, auch unsere Herzen vom Eise befreit, vom Eis jenes Gottesbildes, das unsere Liebe einfrieren ließ? Jener schöpferischen Ursprungs- macht in jeder Hinsicht unwürdig, jener Macht, von der alles kommt, wie es ist?

Von diesem Eise befreit, schlagen unsere Herzen höher. Wie? Mit einer neuen Gottesliebe, mit einer neuen Liebe zu uns und allen anderen, vom Eis jeder Schuld und Sühne frei.

02/03/2015

21.03 - Workshop Constelação Sistêmica - Vila Mariana


"Há uma dinâmica silenciosa e sutil atuando sobre todo sistema familiar, em sua história, em seus acontecimentos, em sua cultura e linguagem própria. Tal dinâmica atua sobre todo e qualquer sistema, e segue leis próprias as quais Bert Hellinger observou em seu trabalho empírico fenomenológico. Hellinger então diferenciou e apontou as leis que atuam sobre o sistema familiar e iniciou diversas reflexões expostas em seus diversos livros publicados mundialmente. Quando tais leis dinâmicas são desobedecidas, ignorada ou rompidas, geram maior “pressão”, “peso”, “tensão” sobre o sistema, sobrecarregando as relações dos membros internos ao mesmo. Tal tensão pode recair mais sobre um membro específico do sistema, adoecendo-o ou conduzindo a um tipo de escolha, crença, postura e/ou comportamento. Na constelação familiar, se olha para este sistema e para a posição e postura de cada membro e como tais interagem sobre e entre si – buscando, por meio de gestos, reposicionamentos e falas, alcançar a leveza e ordem, perdida no sistema." 
( Artigo: O que é a Constelação Familiar - Rene Schubert)


Horário: 15 às 20 horas (com Coffee Break)
Inscrições: (11) 2836-5022 / 9 9779 1208 ou pelo email: constelacaofamiliar@hotmail.de
Endereço: Rua Coronel Oscar Porto, 1233 - Vila Mariana


Facilitador: René Schubert - psicólogo e facilitador em Constelações Familiares. Membro da HellingerSciencia.

Aborto



"Uma das consequências comuns do aborto é o fim do relacionamento: os pais têm de começar de novo se quiserem continuar juntos. Quando não são casados, costumam afastar-se. Se o aborto ocorre na vigência do casamento, as relações sexuais ficam difíceis ou cessam por completo. Não é inevitável que assim seja, pois existem soluções; mas se os parceiros tentam contornar as consequências de seus atos e sentimentos de culpa - talvez minimizando a gravidade do que fizeram ou evitando encarar o filho não-nascido como pessoa - acabam pagando o preço dessa negligencia em outra ocasião. Ambos os pais têm igual responsabilidade pelo aborto, assim como foram igualmente responsáveis pela gravidez, e nenhum pode incriminar o outro sem prejudicar a si mesmo ou ao relacionamento".

Bert Hellinger

Palestra: O Olhar Sistêmico



Muito se ouve falar sobre sistemas: sistema respiratório, político, financeiro, tático, da informação...
Sistemas são complexos e envolvem diversos aspectos da nossa realidade e dia-a-dia.
Mas, afinal, o que é SISTEMA?
 
Lucas Oleiro trabalha com Tecnologia da Informação e é analista de sistemas há mais de 15 anos. Possui formação superior em finanças e administração e já atuou nos mais diversos tipos de projetos e empresas dos segmentos de prestação de serviços, indústria e comércio.

Podemos observar que diversas situações em nossa vida no dia a dia possuem viezes, ligação, com assuntos diversos e de outros campos - como se estivessem interconectados e interdependentes. No sistema familiar encontramos isto com muita frequencia, a tal ponto, que muitas vezes certo preceitos, leis e ate segredos familiares, conduzem toda uma serie de crenças e comportamentos, influenciando indireta ou diretamente sobre nossa personalidade e escolhas de vida. Quais são as leis que regem o sistema familiar?


René Schubert é psicologo e psicanalista e trabalha com familias a partir da tecnica alemã das Constelações Sistêmicas.

Nesta palestra promovida pela Comunidade Luterana da Cantareira, sob coordenação do Pastor Ernani Ropke, estes dois profissionais conversarão sobre a teoria sistêmica, cada um a partir de uma perspectiva, de um campo, fazendo intersecçoes e reflexões. Convidamos a todos para esta palestra de entrada franca, no dia 18 de março, das 20 às 21:30 horas.


Endereço:
Comunidade Luterana da Cantareira - Rua Comendador Quirino Teixeira, 212 - Telefone: (11) 2203-0081