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19/12/2019

Simbolizando a perda de filhos por aborto espontâneo


A foto acima é um bom exemplo de reconhecimento, inclusão e integração de membros familiares que partiram mais cedo!

Simbolizando a perda e incluindo os membros familiares!

Uma mãe emocionou a web ao compartilhar uma foto muito especial. Whitney Billings e o marido Justin decidiram incluir os sete bebês que perderam no ensaio de fotos da família. 

A noticia foi postada na internet como: Mãe que sofreu 7 abortos inclui seus anjos bebês em lindo ensaio fotográfico.

Whytney e Justin já tinha dois filhos, uma menina de quatro anos e um menino de dois anos, quando decidiram expandir a família.Como não havia tido nenhum problema em suas gestações anteriores, Whitney achou que não teria dificuldades para engravidar do terceiro filho do casal. No período de dois anos, Whitney sofreu sete abortos espontâneos. As perdas ocorreram entre cinco e oito semanas de gestação. “Nunca fica mais fácil. A cada perda eu ficava deprimida, me culpava pelo que havia acontecido. Cada vez que acontecia eu ia para um lugar bem triste, emocionalmente falando, sabe? E era bem difícil sair deste lugar”, contou Whitney em entrevista ao portal CafeMom.


O casal realizou uma série de exames, mas os médicos não conseguiram descobrir a causa dos das diversas perdas. Após dois anos tentando engravidar, Whytney e o marido decidiram ter filhos de outra forma. Eles acabam de se candidatar para a adoção!

Para celebrar esta nova fase e os dez anos de casados, o casal fez um ensaio em família. E decidiram incluir por meio do photoshop os sete filhos que perderam. “Eu queria uma foto que capturasse e honrasse os bebês que eu perdi nos últimos dois anos. Eu sou grata por cada uma das gestações e até mesmo por cada dor da perda que meu corpo passou porque isso ao menos me fez ver que as gestações foram reais. Que nossos bebês foram reais”, relatou Whytney.

Ela ainda concluiu dizendo: “Eu quero que as pessoas saibam que estes bebês que perdemos existiram! Eles eram reais. Quando eu sofria um aborto espontâneo, mas pessoas me diziam coisas como: ‘ahn, você só estava com seis semanas, não foi uma perda de verdade’. Isto está errado. Não importa o tempo de gestação, seis semanas, 12 semanas, 27 semanas, era um ser se formando e era real. Eu espero que minha foto e história ajude as pessoas a falarem mais sobre perda gestacional. As mulheres não devem se sentir envergonhadas por perderem um bebê, elas devem sentir que tem com quem contar e conversar em uma situação assim”.

Fontes: Portal da Web Bebê Mamãe - O seu portal de noticias sobre Maternidade

Mom who suffered 7 miscarriages includes her “Angel Babies” in loving family photo https://en.newsner.com/family/mom-who-suffered-7-miscarriages-includes-her-angel-babies-in-loving-family-photo/

29/11/2019

Herança





“Um homem se casa e tem uma esposa. Tem filhos com ela. Então, casa-se com outra mulher. Também tem filhos com ela. Aí surge a questão: como é distribuída a herança?

Muitas vezes, a segunda esposa demanda a herança e os filhos da segunda união reivindicam seus direitos. Muitas vezes acontece isso. Muitas vezes, os filhos do primeiro casamento não recebem a herança.

As consequências para a segunda esposa e para os filhos do segundo casamento são terríveis. São terríveis - estou apenas avisando - e perduram por várias gerações.
Pude acompanhar isso no exemplo do famoso poeta alemão Thomas Mann. Uma mulher escreveu um livro sobre ele e me pediu para analisar a história dessa família do ponto de vista sistêmico.

Muitas das coisas ruins que aconteceram na família de Thomas Mann têm a ver com o fato de seu avô não ter dado nada da herança aos filhos que teve em seu primeiro casamento, dando apenas aos filhos do segundo casamento.

Isso tem a ver com a precedência. Primeiro vêm a primeira esposa e os filhos do primeiro casamento. Quando a segunda esposa toma para si a herança às custas dos outros, as consequências são más.

O mais simples é não herdar nada. Toda herança traz uma carga. Às vezes, traz também uma responsabilidade. Por exemplo, quando alguém assume uma empresa. É uma responsabilidade, mas isso é dado a ele para que algo possa prosseguir.

Muitas heranças são voltadas para o indivíduo, sem serem colocadas a serviço da vida. E é essa a questão. Quando alguém recebe a herança e serve à vida com ela, é uma herança valiosa. Também já presenciei que, muitas vezes, uma pessoa que briga por uma herança prefere essa à vida de seus filhos. Toda a preocupação se concentra na herança e ele paga por ela com a vida de seus filhos.

Ou seja, estar livre de heranças é muito melhor! 
Aquilo que ganhamos por nós mesmos é merecido por nós e permanece."

Bert Hellinger






Contribuição da professora do México, Ingala Robl que defendeu tese de doutorado sobre Constelações Familiares:

HERANÇA


1. A herança é um presente
2. A herança não é um direito nem uma obrigação dos pais
3. A herança se reparte entre todos os filhos em partes iguais
4. Uma herança é necessária receber (última vontade dos pais)
5. Se um herdeiro receber uma herança de forma injusta, distribui entre os demais irmãos 
6. Toda pessoa que possui patrimônio, deve fazer testamento
7. Você pode fazer o que quiser com o que recebeu
8. Não podemos deixar heranças condicionadas.



06/11/2019

Olhar para Alma das Crianças




Nossos pais da Forma que são. 

O que significa "pais e filhos"? Significa que os filhos receberam a vida desses pais específicos. Não existem outros pais a não ser esses. Por esse motivo, são os melhores pais: os únicos possíveis e, por isso, os únicos certos. A pergunta é: de onde vem a vida que nossos pais nos transmitiram? Eles a receberam de seus pais, e estes, por sua vez, de seus pais. A vida vem de longe, o quão longe não sabemos. Ela se perde em algo não reconhecido e desconhecido para nós. Mesmo assim, a vida que flui por essas gerações é sempre a mesma. Nada se altera nela. Por isso, não faz diferença como foram os pais. Todos são iguais naquilo que receberam e transmitiram. 

O Coração Amplo.

Quando uma criança que teve um destino pesado não olha apenas para os pais, mas para todas as gerações antes deles, até a origem da vida e quando ela retira a vida daí, da forma como lhe é chegada através de todas essas gerações, seu coração se amplia. Sabemos e sentimos que estamos ligados a algo maior, para além de nossos pais, e obtemos uma força especial a partir dessa grandeza. Entretanto, devido a esses pais específicos, também nos sentimos limitados. Faltam-nos possibilidades, mas, através de nossos pais, temos certas capacidades e possibilidades. Muitas vezes, o destino pesado é maior que o leve.

Olhando para a alma das crianças - Bert Hellinger 
( 2015 - Editora Atman - Título original alemão: Kindern in die Seele schauen)

03/11/2019

Alerta: Textos atribuidos à Bert Hellinger




Fazendo um alerta a partir de algo discutido em diversos grupos com colegas do campo da constelação familiar nos últimos dias: O texto intitulado "A Vida por Bert Hellinger" que está circulando nas redes sociais não é de autoria de Bert Hellinger.

Além do texto não conter as fontes de referência, o mesmo não segue nem o estilo de escrita nem a filosofia (conteúdo) da forma que Bert Hellinger costuma se expressar, refletir e se colocar.

Diversos colegas fizeram uma pesquisa na obra de Bert Hellinger e não encontraram a passagem referida no texto.

Mas tal fato traz consigo uma importante reflexão...

Bert Hellinger é hoje um autor com vasta obra e trabalhos terapêuticos conhecidos mundialmente. Tem publicações traduzidas em mais de 38 línguas diferentes. Só em livros foram 108 obras publicadas. Trabalhos publicados em livros, artigos, teses, filmes, etc. 

Surgirão, como é comum no meio virtual, frases ou textos atribuídos à ele...e que infelizmente não são dele. Dinâmica que vemos ocorrer nas redes sociais com pensadores/artistas como Carl Gustav Jung, Sigmund Freud, Fernando Pessoa, Raul Seixas, Caetano Veloso, Chico Buarque, Érico Veríssimo...

Mas para tal hoje temos mecanismos de busca e verificação da autenticidade e veracidade dos textos disponíveis também no meio virtual. O Google pode ser utilizado para rastrear um trecho, frase ou citação tanto nas mídias sociais como em livros.

Citar a fonte de referência além de valorizar a obra do autor é uma forma de contribuir para a pesquisa e aprofundamento da temática por outros colegas.

Nossa postura será atenta quanto a origem e também a pesquisa dos termos, conteúdo e forma. Estamos todo(a)s junto(a)s tecendo saberes...e Bert Hellinger é muito importante neste sentido...já que dedicamos nossos estudos e prática à fonte das Constelações Familiares.

28/10/2019

Ancestrais



“Em cada descendente curado, todos os ancestrais são honrados. 

Cada ser que respira sobre a Terra só o faz porque aqueles que o antecederam fizeram o que foi necessário para que a vida passasse adiante. 

Cada pessoa que toma a força da vida e a leva mais além, fazendo valer o sacrifício dos que vieram antes, com respeito e gratidão, move-se para o êxito, em um fluxo de amor leve e cheio. 

Assim, através de sua alegria todos sorriem, em seu sucesso e destino mais amplo todos são louvados. 

Toda família é abençoada. 

Todo sistema é cheio de vida e amor. 

Cada geração grata recebe a herança que lhe é ofertada com mais leveza, para levar mais além todo o legado dos que vieram antes"


Andrei Moreira


05/10/2019

Congresso Felicidade e Espiritualidade


Congresso Felicidade e Espiritualidade: Desafios e Valores do Século XXI

XI Congresso Internacional da ALUBRAT e XIII Congresso Internacional da UNIPAZ

Presentação de conferência e oficina envolvendo as Prática Sistêmicas / Dinâmicas de Grupo e as Constelações Familiares.
Temas apresentados por René Schubert:
- Constelação Familiar: bases clinico-teóricas da psicologia e filosofia
- Toques na Alma - Exercícios sistêmicos de Constelação Familiar

O Evento ocorreu na data: 18 a 20 de outubro de 2019
 Centro de Convenções PUC GOIÁS / Goiânia - GO

Algumas imagens do Evento:



No dia 18 de Outubro, ocorreu o Lançamento e venda do livro "Constelação Familiar: Impressa no corpo, na alma, no destino" (Reino Editorial, 2019).



Oficina de Práticas e Dinâmicas Sistêmicas a partir do livro Toques na Alma (Diversos autores, Editora Conexão Sistêmica, 2017).


Conferência abordando a temática “Constelação Familiar: bases clinico-teóricas da psicologia e filosofia”.



O congresso contou com a presença de autores e conferencistas internacionais como Dr. Jean Yves Leloup, Dr. Basarab Nicolescu, Stanley Krippner, Mário Simões e profissionais renomados do campo transpessoal brasileiro como Vera Saldanha, Tadashi Kadomoto, Roberto Crema, Kaká Werá, citando apenas alguns dos nomes.

Diversas terapêuticas diferenciadas foram abordadas por profissionais de todo Brasil neste congresso organizado pela Alubrat e Unipaz. Um encontro de abertura, reflexão, debates e aprendizado.

30/09/2019

A dinâmica em quadros psicóticos

Fragmented face -  Konrad Biro

O significa psicose?

"Já é tempo de honrarmos aqueles que denominamos psicóticos, e especialmente os que diagnosticamos como tais. Pois a psicose não é uma doença nem uma culpa. E uma tentativa de juntar o que não pode se compatibilizar no sistema, especialmente um perpetrador e sua vítima. Eles não se juntam neste sistema. Por isto o sistema so encontra sua paz quando eles também se aproximam. Pois não existe, afinal, uma ligação mais estreita do que entre o assassino e a sua vítima.
A reconciliação entre eles e o paradigma de toda reconciliação. Somente aqui se mostra o sentido último de uma reconciliação. Nela a culpa não importa mais. Já não existe diferença entre bons e maus, perpetradores e vítimas: diante de um poder superior, existem apenas pessoas que neste conflito foram tomadas a seu serviço.

O psicótico experimenta em si os lados antagônicos. Em sua alma ambos estão presentes, o assassino e sua vítima, porém não reconciliados. Por isto ele esta perturbado.

Por meio deste trabalho e destes movimentos da alma, como os denomino, podemos ajudar estes dois lados a se compatibilizarem. Então todo o sistema fica curado: não apenas aquele rapaz, mas também seu pai e muitos das gerações anteriores, que provavelmente também foram psicóticos.

A consciência moral opõe se a isto. E sempre existem pessoas que, em sua boa consciência, se indignam contra o assassino. Elas não toleram que um assassino, um criminoso, também seja acolhido no todo com os mesmos direitos. Desprender-se desta boa consciência e, ultrapassando esta moral, reconhecer a todos, num nível superior, como igualmente bons e tomados a serviço, é a grande realização que exige de nós a consideração destes contextos, e a recompensa que ela nos proporciona.

Frau vor dem Spiegel - Pablo Picasso


Perpetradores e Vitimas

O que é que abre nossa alma, aprofundada a e fazendo a crescer? Respondo com um simples exemplo. Quando vocês olham uma pessoa inocesnte e uma outra que assumiu uma culpa, qual delas tem a alma mais estreita? E a alma inocente. Qual é a verdadeira razão? E que quem se esforça por manter a inocência bane muita coisa de sua alma. Com isto ela permanece estreita, permanece criança. Quem cresce interiormente acolhe na alma o que antes tentou expulsar dela.

Quando somos educados em uam família precisamos excluir alguma coisa, o que chamamos de mau ou perverso, para ter o direito de pertencer-lhe. O preço que pagamos para pertencer à família é a disposição de eliminar ou excluiro o que não tem parte nela. Quando, apesar de tudo, damos a isto um lugar em nossa alma, temos má consciência, mesmo que tenhamos feito algo bom.

Aproximamo-nos da realidade na medida em que abrimos espaço em nossa alma ao que é diferente. Isto começa quando acolhemos o que nos traz sentimentos de culpa. Com isto nos sentimos culpados, mas também nos sentimos mais perto da terra, mas conectados a nossos semelhantes, e mais fortes.
Na família, às vezes algumas pessoas são excluídas ou simplesmente desaparecem por que ninguém mais pensa nelas. Também podemos continuar envolvidos por muito tempo com alguém que morreu, ou ficar irritados e cortar relações com alguém.

O que acontece quando prolongo o luto por alguém: uma parte de minha alma permanece com esta pessoa. Isto não pesa somente para mim; pesa também, talvez, sobre ela, pois não fica livre enquanto eu não interiorizar a parte que deixei com ela. Quando acolho com amor, em miha alma, essa pessoa em sua totalidade, tal como ela é, fico mais rico e, ao mesmo tempo, curiosamente, também fico livre em relação a ela. Acolhendo-a com amor, eu a ganho e ela se torna parte de mim. Ao mesmo tempo, fico livre dela e ela fica livre de mim.

Um exemplo bem simples: Quando dou a meus pais um lugar em minha alma com amor, eu os tenho e sinto-me ampla e ricamente presenteada. Simultaneamente, sinto-me livre em relação a eles. Estou livre diante deles porque os aceitei. Pela mesma razão eles também sentem que estão livres em relação a mim. Nisto reside, portanto, o estranho paradoxo: ao aceitar eu me enriqueço, mas ao mesmo tempo fico livre. Também o outro fica livre em relação a mim, porque o acolhi.

E, quando tomo o que esta pessoa me deu, ela nada perde. Quando o que ela me deu ou transmitiu é aceito, ela não perte e também se enriquece. Porem, quando me recuso a aceitar alguma coisa, ambos ficamos pobres: aquele que quis me dar algo e eu, que me recusei a aceita-lo.

Para que serve esta longa introdução? Ela se relaciona às dinâmicas que lavam a psicose numa família: Quando lidamos com psicóticos vemos que em suas famílias algo foi reprimido, algo que as pessoas não querem ver, frequentemente algo perigoso: por exemplo, um assassino ou sua vítima. Então é possível perceber que esses dois, o assassino e sua vítima, não se reconciliaram. O assassino teme acolher a vítima em sua alma, e a vítima teme acolher o assassino em sua alma. Com isso, uma parte da alma do assassino fica com a vítima, e uma parte da alma da vítima fica com o assassino. Com isso, eles permanecem amarrados um ao outro e não conseguem desprender-se.

Como consequência disso, algum membro da família precisará algum dia representar ambos, o assassino e a vítima. Com isso poderá tornar-se psicótico, pois, de um lado, se identifica com a vítima e, de outro, com o assassino. O conflito entre ambos, que estão mutuamente entregues sem que se harmonizem, também é vivenciado na alma dessa pessoa, causando sua confusão.

Que procedimento adotamos para a solução? — Olhamos para o perpetrador e a vítima e colocamos, talvez, frente a frente, os seus representantes. Em seguida ajudamos a vítima a acolher o assassino em sua alma, e ajudamos o assassino a acolher a vítima em sua alma. Quando eles conseguem isso, livram-se um do outro e também se reconciliam. Então a alma do psicótico também se reconcilia com ambos e fica livre de ambos.”

Bert Hellinger - Conflito e Paz: Uma resposta ( Editora Cultrix, 2007)




24/09/2019

Os sistemas que nos integram




“Os problemas não resolvidos em uma família se refletem nas empresas e na profissão” 
Bert Hellinger

Com esta frase começo este texto. Nos últimos meses, estive em algumas cidades brasileiras como Sinop/MT, Uberlândia/MG, Porto Alegre/RS para ministrar o módulo e as oficinas de práticas sistêmicas de Constelação Organizacional para estudantes e profissionais de diversas áreas de atuação. 

A Constelação Organizacional, dentro da terapêutica desenvolvida por Bert Hellinger, ocupa-se no olhar para as relações, vínculos, comunicação, fluxo e interações no campo profissional dos clientes. O pensamento sistêmico foca nos diversos sistemas que integramos, que estão interligados e atuam, influenciam, e comunicam-se uns com os outros. Desta maneira, temos: o sistema familiar nuclear, o sistema familiar expandido, o sistema acadêmico-escolar, o sistema relacional, o sistema social, o sistema profissional, o sistema de nossa cidade, seguido do de nosso estado, de nosso país, o sistema cultural e assim por diante. Se considerarmos cada um destes sistemas como uma circunferência, poderemos visualizar alguns menores, outros maiores – em suas proporções e qualidade de interesse e influência em nossa vida – mas sempre interligados em maior ou menor grau. E todos nos influenciam direta ou indiretamente, consciente ou inconscientemente. 

Estas “circunferências” ou sistemas têm memória e ocupam lugares em nossas vidas. São sistemas vivos. Por vezes repetimos lugares ou deslocamos lugares de um sistema para o outro. Às vezes há congruência nisto, outras vezes incongruência. A incongruência leva a mal-entendidos e conflitos. Por isso é importante analisarmos tais “circunferências” de diversas perspectivas e por vezes nos distanciarmos de certas situações para observá-las de outros pontos de vista. 

Como facilitadores não olhamos para o incidente, mas sim para os padrões. Padrões repetitivos. Padrões demarcados e "imperceptivelmente" insistentes na cultura organizacional. No caso, padrões disfuncionais ou geradores de incongruência entre o cliente e seu(s) meio(s). O objetivo é focar em soluções, possibilidades. Poder reconhecer o que se mostra, diferenciar as situações e pessoas e então aprender, crescer e, se for possível, agradecer.


Referência Bibliográfica

Ferreira, C.; Lemos, J.; Schubert, R. – Constelação Organizacional e inovação sistêmica. Netebooks, São Paulo, 2022

Hellinger, B. - (DVD) Leis básicas dos relacionamentos aplicadas aos negócios. Editora Atman. 2 volumes, Março e Abril de 2009, São Paulo

Kroon, A & Kaat, S. - Systemic Consulting: the organisation as living system. CreateSpace, 2016

Schubert, R. - Constelação Familiar: impressa no corpo, na alma, no destino. Reino Editorial, 1ª.Edição, São Paulo, 2019

STAM, J.J. - A Alma do Negócio. Editora Atman, 3ª Edicção, São Paulo, 2017

Schubert, R. – Os sistemas que nos integram. Coluna para o Jornal Zen, Ano 15, N°169, Campinas, março 2019


22/09/2019

Módulo: Constelação Organizacional


Foco da Constelação Familiar voltado para negócios e empresas. Abordaremos questões, como: -Diferenças históricas e conceituais na Constelação Familiar, Constelação Organizacional e Constelação Estrutural; - Diferenças entre sistema familiar e sistema organizacional; -Empresas Familiares e o Mercado de trabalho; -Herança e Legado; - Trabalho, Profissão e Vocação; -Sucesso e Prosperidade; -Consultoria sistêmica; -Coaching Sistêmico; - Práticas e dinâmicas Sistêmicas. Dias 12 e 13 de Outubro das 09 às 18h00 na Casa do Encontro. Site: http://www.casadoencontro.com.br/ E-mail: contato@casadoencontro.com.br Contato: 55 11 2361-5438

Facilitadores: René Schubert e Gil Mori
René Schubert e Gil Mori na Casa do Encontro

11/09/2019

Palestra em Muriaé/MG


Palestra da Comissão de Direito Sistêmico de Muriaé/MG.

Constelação Familiar: da terapia sistêmica familiar ao Direito Sistêmico

Palestra com René Schubert para a Comissão de Direito Sistêmico em Muriaé/MG.


Data: 3.10. 2019 a partir das 18 horas

Local: Tribunal do Juri
Inscrições: (32) 3728-2609  


Gratidão à Maria Cristina Giovani Oliveira e Carolina Ferreira Silvério Sevenini pelo convite e organização deste evento.

09/09/2019

Atendimento Individual em Constelação Familiar




"Da Constelação Familiar resulta uma imagem, esta imagem penetra profundamente na alma. De repente a alma vê: este é o caminho."
Bert Hellinger


Segue uma breve descrição sobre o procedimento de atendimento individual em consultório a partir da teoria sistêmica das Constelações Familiares segundo Bert Hellinger. Abordará-se uma vertente da terapia breve. Assim como em uma vivência ou workshop em Constelação Familiar, no consultório ou espaço terapêutico, o terapeuta facilitará um processo a partir de uma temática trazida pelo cliente. Isto se dá em um encontro, que no caso aqui descrito varia de uma hora e meia a duas horas. Neste espaço de tempo, ocorre um encontro com o cliente e seu sistema. Utiliza-se de ferramentas e recursos terapêuticos para que o cliente possa trazer, de forma segura e presente, sua temática. A partir deste momento, por meio do discurso do cliente, de exercícios sistêmicos, visualizações, técnicas de internalização, recursos e trabalho corporal o tema será vislumbrado, colocado e possivelmente tocado, descoberto, apontado, descrito, vivenciado, reconhecido, significado e/ou ressignificado, elaborado e, possivelmente, integrado.

Muitos clientes ao me procurarem para o trabalho com Constelações Familiares perguntam qual trabalho é mais efetivo, o trabalho em grupos, utilizando representantes ou o individual, utilizando ferramentas?

Estudando e aplicando ambos os processos, grupal e individual, percebo que há demandas para um e para outro, tal é muito particular de cada cliente e do momento de vida deste. Por vezes buscam algo mais individualizado e centrado em si mesmos, e tal faz sentido para a comunicação e linguagem singular deles, o procedimento lhes faz sentido estando em ressonância com o seu corpo e campo. Outros clientes, estando em outro momento, buscam um procedimento mais aberto e querem ver as manifestações nos representantes, a movimentação da imagem, da escultura familiar, e sentem como tal reverbera em si próprios, isto para eles tem mais efeito e impacto do que o trabalho individual.

Diferente do trabalho com grupo, em Constelações Familiares no trabalho individual estão presentes apenas o terapeuta e seu cliente. E, como afirmado pela Dra. Ursula Franke-Bryson este trabalho em consultório particular pode ser tão efetivo quanto o trabalho em grupo. Os processos básicos de formar um relacionamento, gerar recursos, criar perspectiva e trabalhar externalizando as estruturas internas de cada cliente são os mesmos. O trabalho ocorre de forma mais sutil e apoiado nas sensações e imagens trazidas pelo cliente. Neste sentido, cabe a colocação de Bert Hellinger “experimentamos que certos eventos produzem efeitos posteriores, não só na alma, mas também no corpo. É possível resgatar o que antigamente fez sofrer a alma e mais tarde também atuou no corpo. A pessoa volta a encarar o ocorrido, reconcilia-se com ele, aceitando-o tal como foi, e encontra então a partir da harmonia com seu destino, alívio e cura para seu corpo.”

"As famílias são comunidades de destino"  Bert Hellinger

A Dra. Ursula Franke-Bryson em diversos textos e livros aponta como o cliente já traz para o terapeuta uma imagem de seu tema, sistema, por vezes como uma imagem sintomática, uma imagem congelada, uma dificuldade, um problema. Por vezes, por meio deste trabalho é possível facilitar junto ao cliente que este obtenha ao final da consulta individual uma imagem de solução que o ajude e o fortaleça. Outras vezes, como pontuado por Bert Hellinger, o cliente e o sistema trazido por este, descortinará uma imagem da situação exatamente tal como ela é e por meio da postura do facilitador e do processo apresentado poderá assentir e receber a realidade tal como esta se mostra e é. Isto tem um efeito sobre o corpo e a alma do cliente e de seu sistema familiar. Este efeito leva seu tempo próprio. Atua e reverbera de forma singular e no que é permitido para aquele cliente e pelo seu sistema. Por conta disto, orienta-se aos clientes, após o encontro terapêutico, que deixe a imagem, sensação, insight atuar em seu corpo e em seu campo sistêmico. E, caso o cliente queira trabalhar uma outra temática, que verifique quando é o melhor momento para nova imersão, olhar e processo terapêutico. Geralmente, recomenda-se trabalhar novamente quando o segundo processo de Constelação Familiar não interferir mais no primeiro feito. Alguns profissionais chegam a sugerir que se aguarde de 3 até 6 meses entre um tema e outro trabalhado em Constelação Familiar. Mas não há um prazo fixo ou regra acerca disto, tal deverá ser avaliado e verificado em cada caso que se apresenta. O facilitador atentará para que o espaço e processo não sejam utilizados de maneira leviana.

Como psicoterapeuta, utilizo diversas ferramentas clínicas aprendidas e desenvolvidas no decorrer dos anos de prática clínica em hospitais/clínicas psiquiátricos, centros de saúde e na experiência de consultório particular. Afora os conhecimentos do campo da psicologia, há referenciais da psicanálise, psicologia transpessoal, fenomenologia, programação neurolinguística (PNL) e da Hipnoterapia como ferramentas auxiliares na escuta, olhar e acompanhamento deste trabalho clínico. Efetivamente para o trabalho descrito neste artigo, afora o know-how referido, são utilizadas a teoria e o método das Constelações Familiares desenvolvidas por Bert Hellinger e, mais especificamente para a prática no consultório com atendimentos individuais, a tese de doutoramento e artigos teórico-clínicos da psicoterapeuta alemã Dra. Ursula Franke-Bryson. Em sua tese a Dra. Ursula Franke-Bryson explica as bases teórico-científicas por detrás da Constelação Familiar apontando para os profissionais e pensadores das diversas escolas da psicologia e filosofia como Jacob Levy Moreno, Virginia Satir, Ivan Boszormenyi-Nagy, Martin Buber e fazendo referência aos trabalhos de Viktor Frankl, Eric Berne, Milton Erickson, entre muitos outros.



(O trabalho com âncoras de solo para visualizar sistemas, lugares, vinculações)



Referências para estudo e aprofundamento:

Este breve trecho faz parte do capitulo: O trabalho individual em consultório com o referencial, olhar e recursos das Constelações Familiares, integrante do livro “Constelação Familiar: Impressa no corpo, na alma, no destino” pela Reino Editorial, São Paulo, 2019.

O trabalho individual em consultório com o referencial, olhar e recursos das Constelações Familiares (in) Revista Brasileira de Filosofia, Pensamento e Prática das Constelações Sistêmicas, Número 5, Editora Conexão Sistêmica, São Paulo, 2019.

Franke, U. - Quando fecho meus olhos vejo você – Editora Atman, Pato de Minas, 2006

Franke, U. - Recent developments in individual sessions. Steinhardt Film und Verlag, Karlsruhe, 2007

Franke-Bryson U. - O rio nunca olha para trás - Fundações históricas e práticas das Constelações Familiares segundo Bert Hellinger. Editora Conexão Sistêmica, São Paulo, 2013

Hellinger, B. - Religião, Psicoterapia e Aconselhamento Espiritual. Editora Cultrix, São Paulo 2005

30/08/2019

Palestra na Casa do Encontro

Constelação Familiar: da postura fenomenológica ao olhar e Teoria Sistêmica - com René Schubert



A partir da manifestações e movimentos no Brasil da técnica alternativa das Constelações Familiares pretende-se com esta apresentação refletir e levantar o histórico e as bases teóricas por detrás desta abordagem caracterizada como fenomenológico-sistêmica.
Será um encontro de reflexão e troca no qual Gil Mori, da Casa do Encontro e Rene Schubert, refletirão sobre os movimentos da Constelação Familiar no Brasil e suas bases teóricas e práticas.
Evento aberto ao público, mas é necessária inscrição!
Dia: 07/09
Horário: às 19hrs

Local: Instituto Casa do Encontro- Rua Vieira de Moraes, 1760 - Campo Belo/SP
Inscrições: contato@casadoencontro.com.br e/ou whatsapp (11) 976271664 

19/08/2019

Toques na Alma



O livro Toques na Alma (Editora Conexão Sistêmica, São Paulo, 2017) escrito por diversos autores segue sendo procurado e utilizado em workshops, treinamentos e trabalhos individuais por facilitadores, terapeutas, consultores e mediadores.

O mesmo foi enviado para alguns colegas fora do Brasil como: Argentina, Chile, Peru, Áustria, Alemanha e Portugal, e os retornos são sempre muito positivos.

Recentemente recebi o retorno da colega portuguesa Eva Jacinto e transcrevo a seguir:
"Livro “Toques na Alma”, da Editora Conexão Sistêmica. Neste pequeno livro, para além de muito conhecimento, encontramos a enorme generosidade dos seus autores. De facto, eles põem ao serviço da comunidade de facilitadores de constelações a sabedoria que judiciosamente adquiriram ao longo dos seus percursos de aprendizagem e de trabalho e que agora, cuidadosamente seleccionaram e depuraram para colocar à nossa disposição.
Não pense o leitor que o livro contenha pouco mais de 35 exercícios sistêmicos, o livro é muito mais rico, já que os exercícios nos podem servir como fonte de inspiração, podendo cada um deles ser transformado ou adaptado, servindo de raiz para o desenvolvimento de outros exercícios, conforme a nossa criatividade e a necessidade dos nossos clientes.
Recomendo vivamente este condensado de saber em forma de livro. Obrigada aos autores e especialmente a ti, Rene Schubert, por mo teres proporcionado."

Toques na Alma
Autores: Alicio Gobis. Cidinha Clemente, Clara Sivek, Glaucia Paiva, Graciela Rozenthal, Heloisa Pessoa, Oswaldo Santucci, René Schubert, Solange Bertão.
Agradecemos aos colegas pela receptividade e gentis retornos que o livro tem recebido. Estamos estudando para em breve poder fornecer mais exercícios, dinâmicas e praticas sistêmicas em um novo livro!

Os livros podem ser adquiridos com os autores ou a partir da encomenda junto à Editora Conexão Sistêmica.

Editora Conexão Sistêmica - http://www.conexaosistemica.com.br



12/08/2019

Lealdades Invisíveis - O amor cego



"Os filhos, inconscientemente, aspiram igualar os pais no sofrimento. Seu vínculo amoroso é tão forte que os cega e eles não conseguem resistir à tentação de zelar pelos pais assumindo-lhes a dor.

Embora façam isso por amor e acreditem que estão praticando o bem, passam a comportar-se como pais de seus pais e dramatizam os medos destes prejudicando a si mesmos. Este amor cego protege os vínculos com os pais, mas, atuando como pais e tentando dar-lhes ao invés de receber deles, invertem o fluxo do dar e receber e, inadvertidamente, perpetuam o sofrimento. O amor entre pais e filhos obedece a uma hierarquia, no interior da família, que exige que eles continuem como parceiros desiguais: os pais dão, os filhos recebem. Assim, segundo a terceira Ordem do Amor, tudo vai melhor quando os filhos são filhos e os pais são pais - ou seja, quando a hierarquia familiar, baseada no tempo e na função, é respeitada." 

 Bert Hellinger


"Muitas vezes assumimos inconscientemente encargos provenientes de nossa familia e satisfazemos expectativas que são estranhas a nós mesmos" 

Peter e Tsuyuko Spelter


02/08/2019

Workshop: Práticas Sistêmicas


Workshop: Práticas Sistêmicas


Facilitador: René Schubert, psicólogo e psicanalista, facilitador em Constelação Familiar (Brasil e Alemanha).

Objetivo: Fortalecer os profissionais ,apresentar técnicas e exercícios efetivos de atendimento. Serão praticas e dinâmicas sistêmicas - a partir de cada exercício ou dinâmica serão feitas reflexões e aprofundamentos. Este workshop não é formativo, é mais uma vivência. Bert Hellinger desde o começo demonstrou muitas dinâmicas por meio de exercícios, visualizações e meditações. É uma forma de exercitar, aproximar-se e aprofundar-se da postura do facilitador e do campo morfogênico. 



Métodos: Prático. Exercícios e Aplicabilidade de esquemas e estruturas.


Público: Não é restritivo, porém é mais voltado para profissionais que atuam no campo de conciliação, mediação e meio terapêutico. Profissionais que atuam com Conflitos: Assistenciais, Psicológicos , Jurídicos, Administrativos, Educacionais e em geral.

Investimento: R$150,00.

Contato:  11 95821-3947 - Secretária Magali ou pelo email: contato@olabirinto.com.br


Inscrições: https://www.sympla.com.br/praticas-sistemicas---exercicios__595489