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13/11/2018

Carta para a mãe - Bert Hellinger


Querida mamãe,
Você é uma mulher completamente normal. Como outras mulheres, milhões de mulheres também, e eu amo você como uma mulher totalmente comum. E porque você foi uma mulher totalmente comum você amou o meu pai, e ele também muito normal, e assim vocês se juntaram como homem e mulher. Se amaram como homem e mulher. Como muitos milhões de homens e mulheres. E eu fui gerado através do amor de vocês. Como fruto do seu amor. Um amor muito comum. Como um homem e uma mulher se amam. Então vocês esperaram por mim com esperança e também com um certo medo, se ia dar tudo certo. E aí eu nasci, com dores. Como outras mulheres também tem os seus filhos. Como a natureza prescreveu. Então, eu nasci, e vocês olharam para mim e ficaram admirados. É esse nosso filho? Então vocês se olharam nos olhos e disseram: ‘Sim, é o nosso filho, e nós somos os pais dele’. E vocês me deram o seu nome, e disseram para todas as pessoas: ‘Esse é o nosso filho. Ele nos pertence’. Então vocês cuidaram de mim por muitos e muitos anos. Sempre vocês ficaram pensando como eu estava e também o que eu estaria precisando e vocês então estavam aí para mim. Como muitos outros milhões de pais estão aí para seus filhos. E, depois, como vocês eram tão comuns vocês cometeram erros e algumas coisas me causaram dor. Mas, porque vocês cometeram erros eu pude crescer. Pude me tornar como vocês. Eu agradeço a vocês que vocês tenham sido tão comuns e dessa forma eu amo vocês. Do jeito como vocês foram. Do jeito que vocês foram vocês foram certos pra mim. E agora querida mamãe eu preciso dizer para você uma coisa muito importante. Eu a liberto de todas as minhas expectativas. Que ultrapassa tudo aquilo que possa ser esperado de uma mãe. Ninguém fez mais do que você por mim. E foi muito mais do que o necessário. E assim eu amo você. Bem comum. Querida mamãe”.

Bert Hellinger