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26/10/2018

Ser Vítima



"Hellinger: Fiz e ofereci terapias durante muitos anos e descobri que tudo se resume a uma coisa, algo muito simples. A terapia conhece apenas um caminho que leva ao objetivo: conectar alguém à sua mãe ou ao seu pai. Isso é tudo. Com algumas pessoas é mais fácil, com outras um pouco mais difícil. Alguns ficam presos em acusações contra seus pais.

Não podemos trabalhar com ninguém que se apresente como vítima. Quem se apresenta como vítima é agressivo contra outros. E estes ficam irritados quando ele se apresenta dessa maneira. Quando ele vai a um terapeuta, acaba o irritando: "Coitadinho de mim, você precisa me ajudar. Ai de você se não me ajudar da forma que eu quero."


Essa é a agressão que se esconde por trás dessa postura de vítima. Muitos que já estiveram em um orfanato têm acusações contra seus pais. Dizem: "Se tivesse sido de outra maneira, teria me tornado outra pessoa."

Uma vez fiz um exercício em relação a isso. Um hipnoterapeuta dos EUA fez um exercício comigo e com outras pessoas.

Ele colocou três retângulos no chão, um ao lado do outro. Um representava os pais ideais.

Quando ficávamos sobre esse retângulo, possuíamos os pais ideais. A pergunta é: qual é a sensação?

Depois, ficávamos sobre o segundo retângulo. Ele representava os piores pais que podem existir. 

Também aqui a pergunta foi: qual é a sensação?

No terceiro retângulo, olhávamos para os nossos pais da forma que são. 

A pergunta: qual é a sensação?


E qual foi o resultado?


Qual era a sensação? 


A sensação era a mesma em todos os retângulos.


Ou seja, todos têm as mesmas chances se as desejarem. Muitos que estiveram em orfanatos ou crianças que foram adotadas, sentem-se destinados a fazer acusações contra outros. Apresentam-se como vítimas para exigir compaixão. Contudo, quando alguém diz: "Meus pais foram assim e concordo com eles da maneira como são. Recebi tudo de que preciso. Outros me ajudaram e agora farei algo com isso”, essa pessoa é livre e olha para frente."


Olhando para a alma das crianças - Bert Hellinger ( 2015 - Editora Atman - Título original alemão: Kindern in die Seele schauen)

20/10/2018

Constelações Familiares no Instituto Tadashi Kadomoto



“Os sentimentos formam elos que atravessam o tempo”

Workshop com René Schubert
Desvende os laços com os sistemas com os quais estamos envolvidos
e que vão além da consciência pessoal, nos ligando a algo ainda
mais profundo: nossos vínculos de amor e suas conseqüências.

Objetivos do Workshop
- Possibilitar uma nova consciência sobre os grupos aos quais pertencemos e entender como os
acontecimentos podem influenciar a nossa geração e as gerações posteriores.
- Olhar as relações de uma forma inovadora, encontrando novas soluções e uma nova
forma de enxergar as situações.
Próximas datas:

07 de novembro de 2018 – Quarta-feira

12 de dezembro de 2018 – Quarta-feira


Início: 17:00h
Término variável de acordo com o andamento das constelações
(aproximadamente às 22:00h)

Local do Treinamento:
Clínica ITK – São Paulo
Rua Joaquim Távora, 1373 – Vila Mariana
São Paulo – SP

Inscrição / Informação
 (19) 3254-2427
itk@tadashi.com.br
Whatsapp (19) 99722-2250

15/10/2018

Evento traumático - Bert Hellinger




“Todo evento traumático na vida de uma família, comunidade ou nação, permanece no seu espaço morfogenético até que seja olhado e, quem sabe, acomodado nas almas dessas pessoas de uma forma diferente. Precisamos olhar com consciência, reconhecer, agradecer e honrar esses eventos e essas pessoas, para que a vida possa continuar nessa reconciliação.”


"O que acontece depois de uma Constelação Familiar? As Constelações Familiares atuam, quando se deixa exatamente como as viu. É uma imagem espacial e atemporal, das profundezas e tem a sua força quando se deixa tal e qual. Qualquer discussão sobre o seu conteúdo destrói a imagem. O mesmo se aplica quando um acaba de trabalhar, algum do grupo aproxima-se mais tarde e pergunta-lhe: como foi? O que estão a fazer é debicar a sua alma. É fatal, invadir a alma de outra pessoa como se tivéssemos o direito de o fazer. Ninguém tem o direito de o fazer. Também não adianta tentar consolá-lo. A pessoa é forte. Quem tenta consolar é fraco. Este é realmente quem não suporta a dor do outro. Porque no fundo não quer consolar o outro, mas usa o outro para se consolar. Não é preciso interferir. E isso é válido para todo este trabalho. A própria pessoa também não deve agir imediatamente. Não funciona assim. A imagem tem de descansar na sua alma. Às vezes por muito tempo, talvez meio ano ou mais. E não se faz nada para mudar. As imagens já funcionam simplesmente estando. E, ao fim de um tempo na alma, reúne-se a força necessária para fazer a coisa certa. Aquilo que é certo e bom será diferente do que um agora acabou de ver. A alma da pessoa sabe muito mais ainda e no final um segue a sua própria alma e assim tem a plena força. Portanto, não segue o facilitador e nem a esta imagem. Segue a sua alma. Mas esta imagem tem impulsionado algo em sua alma que mais tarde torna possível agir. É assim que temos de lidar com estas imagens."

Bert Hellinger